sábado, 23 de julho de 2016

Campeão da Europa, o técnico de Portugal comemora com Missa e Bíblia!

Deus é a bússola da vida de Fernando Santos, o comandante da maior vitória do futebol português 

    Ele é o homem concreto, dedicado, acostumado a não ganhar nada de ninguém, nem no campo, nem na vida. Ele é o católico da missa de domingo, e de todos os domingos, de manhã. Ele é o marido que ama Guilhermina, a sua única esposa. Ele é o pai carinhoso de Cátia e Pedro. Ele é o amigo que gosta de pescar e de jogar futebol, uma paixão que, no entanto, “não conta nada quando comparada aos verdadeiros valores da vida, como a paternidade e a amizade. Nada, zero” (cf. Il Fatto Quotidiano, 9 de julho de 2016). 

O FUTEBOL NUNCA VEM EM PRIMEIRO LUGAR 

    Dizem dele que é um homem tranquilo, que considera o futebol um jogo simples – como todas as pessoas práticas. Para ele, é algo natural, talvez porque nunca tenha colocado a bola em primeiro lugar – nem mesmo quando jogava: foi um fiel defensor do Benfica, mas sempre compartilhando esse papel com a dedicação à faculdade de engenharia. Não por acaso, as suas primeiras palavras depois da final histórica deste domingo foram para a esposa, para os filhos e para Deus (cf. La Repubblica, 11 de julho de 2016). 

CATÓLICO DE MISSA E BÍBLIA 

    Fernando Santos não podia deixar de dedicar a histórica vitória à família – especialmente ao seu pai, “que está a festejar com Deus” (cf. tsf.pt, 8 de julho de 2016). 
    Para ele, “ser católico é um compromisso sério”. Como explicou na série de encontros sobre Deus organizados pela comunidade Capela do Rato, em Lisboa, a oração é a primeira coisa que faz quando acorda. Logo em seguida vem a leitura de alguns trechos da Bíblia, proclamados na missa do dia; missa da qual ele tenta participar tanto em Portugal quanto no exterior: aos domingos, não falta nunca. 
    A sua juventude diz ele, não foi “muito de acordo” com Nosso Senhor: a sua relação com a fé era superficial, de ouvir e depois afastar-se, embora nunca negligenciasse a oração que fazia antes de dormir. 
    Veio depois o casamento na igreja, o batismo dos filhos, mas ele ainda não se sentia muito próximo de Deus.
    A mudança veio quando acompanhou de perto a preparação da filha para o sacramento da confirmação. Naquele período, conta Santos, “compreendi que Cristo está vivo em cada um de nós”. Foi quando ele começou a ler a Bíblia. Foi quando a sua vida chegou ao ponto de viragem. 

O “ALGO MAIS” DO PAPA FRANCISCO 

    Fernando Santos conta que tem um grande apreço pelos papas São João Paulo II e Bento XVI, mas considera que Francisco “traz algo de grandioso” ao mundo atual: para ele, muitos católicos “precisavam de uma pessoa com a experiência de Francisco” (cf.snpcultura.org, 5 de dezembro de 2015).
    Esta é uma faceta pouco mediática, mas muito genuína e profunda, do homem que, neste domingo, fez história ao levar a seleção portuguesa de futebol ao seu maior título em todos os tempos. Uma vitória que ele faz questão de dedicar, acima de tudo, a Deus e à família.

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